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domingo, 11 de dezembro de 2011

Revolta da CHIBATA

Integrantes: Amanda de Souza - nº 02
                     Bruna Aquino - nº 06
                     Izadora Castro - nº 16
                     Karolina Monteiro - nº 21
                     Marcella Pedrosa - nº 25
                     Marina Magalhães - nº 27
                     Nathalia Ângela - nº 31
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 Revolta da Chibata

A Revolta da Chibata foi um movimento de militares da Marinha do Brasil, que ocorreu entre 22 e 27 de novembro de 1910, durante o governo do Presidente Hermes da Fonseca. Naquele período era comum açoitar com chibatas os marinheiros, com o intuito de discipliná-los, o que causava grande insatisfação entre os punidos.
O estopim da revolta aconteceu a bordo do encouraçado denominado Minas Gerais, o navio estava indo para o Rio de Janeiro, quando, após ferir um colega, o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, diante da tripulação, sendo que a punição por faltas graves era de no máximo 25 chibatadas, mesmo desmaiado continuou sendo açoitado. O motim se agravou e os revoltosos mataram o comandante do navio e mais três oficiais. Chegado a Baía da Guanabara o líder da revolta João Cândido, conhecido como o Almirante Negro, escreveu uma carta ao presidente reivindicando o fim dos castigos físicos e miseráveis salários, melhorias na alimentação, anistia aos revoltosos e que fosse colocada em prática a lei de reajuste de honorários.

- “Os governos tem que acabar com os castigos corporais, melhorar nossa comida e dar anistia a todos os revoltosos. Senão, a gente bombardeia a cidade, dentro de 12 horas.”
- “Não queremos a volta da chibata. Isso pedimos ao presidente da República e ao ministro da Marinha. Queremos a resposta já e já. Caso não a tenhamos, bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem.” (carta de João Candido, líder da revolta)

Diante da grave situação, Hermes da Fonseca resolveu aceitar as exigências. Mas, após os revoltosos terem entregues as armas e os navios, o presidente solicitou a expulsão e prisão de vários deles. A insatisfação voltou e no início de dezembro do mesmo ano, fizeram outra revolta na Ilha das Cobras (CE), e foi fortemente reprimida pelo governo. O almirante negro foi expulso da marinha e internado como louco no Hospital de Alienados, outros marinheiro foram presos em celas subterrâneas e outros enviado a Amazônia para o trabalho forçados nas seringueiras. E assim acaba mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares ao invés de buscar soluções com entendimento das partes envolvidas.

             Marinheiros sendo escoltados para a prisão


Manchete do jornal Correio da Manhã, em 27 de novembro de 1910


            João Cândido lê o decreto de anistia no Diário 


            Carta do marinheiros para o presidente


                           Encouraçado Minas Gerais



A Revolta da Chibata X Condições de trabalho no estado do Rio Grande do Sul.

A economia do Rio Grande do Sul tem como base a agricultura e pecuária, e a industrialização que nas últimas décadas têm se caracterizado por expressivas e rápidas mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais, com reflexos diretos na área de trabalho. As atividades econômicas ligadas ao campo ou ao meio rural têm raízes profundas na historia brasileira. E assim como a revolta da Chibata que reivindica melhor tratamento, hoje em dia as reivindicações continuam as mesmas, mas em aspectos diferentes. A revolta da Chibata lutava por melhor tratamento e reconhecimento, tais como na alimentação, horas de trabalho, extermínio dos castigos físicos. Hoje também lutamos por isso de um aspecto diferente  adaptado aos dias de hoje, visando principalmente a melhoria  em relação a salários justos.  Para alcançar tais objetivos com intuito de melhoras, também há greves entre outras manifestações populares.
Podemos considerar a Revolta da Chibata uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.  Portanto concluimos que apesar de situarem- se em diferentes épocas e com valores morais distintos, a Revolta da Chibata e as atuais condições de trabalho buscam melhores condições.

Marinheiros levando chicotadas



  

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